sábado, 12 de novembro de 2016

Cidade de concreto

E lá se vai mais um dia
Na escura e vazia, cidade de concreto
Onde o garoto chora enquanto a mãe implora
A Deus um lamento
Mas ninguém percebe
Ninguém se olha
Ninguém se preocupa em escutar
Porque ninguém entende, que é só mais uma gente
No meio dessa gente, ninguém mais há
E pobre do garoto pobre, que quer ser rico
Mas fica na sinaleira, pra comida não faltar
E pobre da alma, tão vazia e fria
Da menina rica, que só sabe chorar
E vai chorar porque? Se tens de tudo?
Mas na cidade de concreto quem existe é aquele que tem teto mas não tem lar
E assim vai a vida, vai mais um dia
Onde ninguém se importa quanto tempo vai durar.

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