quinta-feira, 28 de abril de 2016

Quem, que fez?

Meu amor, quem foi que plantou esse sorriso lindo no teu rosto
Quem semeou esses olhos tão brilhantes
Quem te ensinou esse seu jeito faceiro
Quem pousou sua alma...
Em mim.

sábado, 23 de abril de 2016

Quando eu não mais existir

Quando eu não mais existir,
não haverá dor, não serei mais eu, não haverá espera
Quando eu não mais existir,
eu serei nada, e do nada sentirei saudades, das saudades sentirei falta
Quando eu não mais existir,
aqueles que me amam choraram, os que me odeiam sorriram, e no fim todos esqueceram
Porque quando eu deixar de existir,
Lembrança virarei.

Câncer de alma

Sentada em cima de um muro imaginario,
abaixo de um céu sem estrelas
Incontrolavelmente chorei...
Não por ter perdido algo, não por ter me machucado
Chorei por existir, chorei por ser quem sou
Chorei por nunca ter chorado
Tinha acabado de voltar do especialista,
daqueles que prometem curar sua dor
Dor de cabeça, dor no corpo, dor de dente
Mas não a maior dor,
A dor da vida.
Eis que após tanta discussão, tantas (in)conclusões
Cheguei a um dignostico, daqueles aterradores
que te fazem sair da sala de cabeça baixa, lagrimas nos olhos, esperenças destruidas.
Sem acreditar fui para casa, como uma pena carregada por um vento, dois dias depois abro os olhos na cama e vejo que cura não há para o meu mal...
Eu não tenho asma, nem diabetes, muito menos pressão alta,
eu tenho câncer...
Câncer na alma.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Moreno

Moreno, definitivamente você tem o dom de me magoar
É só olhar torto, é só respirar manso
E lá vem você me machucar
Me quebra e cola com cola de amor
Moreno, se for pra correr fora, me deixe de fora, por favor
É só olhar pra outros, é só seu jeito torto
E lá vem a sensação de me matar
Mas moreno, até que gosto,
porque sempre volto pra seu abraço,
me confortar.

Ela

Ela me olhou, dois anos atrás, e me estendeu a mão
Ela vai voltar, ela sempre volta,
Mas Ela veio mais cedo, cedo demais

domingo, 3 de abril de 2016

Corpus

Meu amor, sou tua pequena
Criança abandonada, sedenta por teus braços
Criei em teus labios, morada para os meus
Em teus braços, abrigo do meu corpo
Em teu corpo, esconderijo da minha mente
Em tua mente, o desejo que temos um pelo outro.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Labi(rint)os.

Eis me aqui deitada nos braços do acaso, esperando que teus braços me abracem.
Eis que me encontro a deriva nas águas escuras do teus olhos, e neles me perco me achando nos teus lábios e no teu corpo inteiro.
Eu que já me encontro perdida em devaneios, tuas palavras doces me arrastam em maré e em seu doce halito me encaixo inteiro.
Eis que tens em ti, todos os labirintos do mundo.

Desculpe

Desculpe-me,
Pelas birras insensatas, pelas horas gastas, pelas frias palavras
Desculpe-me,
Pelos choros sem motivo, pelas horas de delirio, por todo desafio
Desculpe-me,
Pelas tristezas, pelas lágrimas derramadas, pelas reclamações diarias
Desculpe-me,
Pela vida, pela morte, pela partida
Só não desculpe-me amor,
por amar-te mais que o devido.